sábado, 23 de junho de 2012

Com motor 1.6 turbo e muito luxo, Peugeot 508 quer peitar sedãs V6

O nicho dos sedãs grandes é dominado pelos sul-coreanos Hyundai Sonata 2.4 e Azera 3.0 V6. Juntos, eles abocanham quase metade das vendas, oferecendo uma farta lista de equipamentos, além de um "motorzão".

Após alguns anos ausente do segmento, a francesa Peugeot retorna com um desafio: convencer que carros de perfil executivo também podem ter motor pequeno -tendência na Europa por conta das leis ambientais.


O 508 chega ao mercado brasileiro empurrado por um propulsor 1.6 turbo (165 cv), desenvolvido em parceria com a BMW. Os sedãs germânicos, aliás, já aderiram a essa tendência faz tempo.

O Mercedes Classe C, por exemplo, entrega até 204 cv com seu 1.8 turbo de quatro cilindros. Outro turbinado é o VW Passat 2.0 (211 cv).

Ambos podem ser até mais fortes que o sedã de luxo da Peugeot, mas nenhum é tão leve: o 508 pesa 1.410 kg. Contudo, o francês é menos feroz do que seu desenho sugere.

Nas retomadas, por exemplo, é necessário por o câmbio automático sequencial de seis marchas para trabalhar.

A compensação está na boa posição de dirigir, com destaque para os bancos dianteiros de couro, confortáveis como uma boa poltrona.

MISSÃO DIFÍCIL
Além de ter os itens triviais para um carro de R$ 120 mil, o 508 traz mimos como freio de mão eletrônico, medidor de vaga para estacionamento e "head-up display". Trata-se de uma tela que replica informações como velocidade e instruções de navegação. Localizada no topo do painel, ela evita que o motorista desvie os olhos do trânsito.

O ar-condicionado com ajustes individuais de temperatura e as cortinas nas janelas traseiras completam a lista de equipamentos.

Tudo para tentar conquistar os clientes das marcas sul-coreanas, incluindo os do Kia Cadenza 3.5 V6 (290 cv).

"Eles são mais receptivos a mudanças", acredita Frederico Battaglia, diretor de marketing da Peugeot.

A missão não será fácil. Por isso a montadora francesa projeta vendas tímidas para o 508 -de 30 a 40 unidades mensais, ou cerca de 2% do mercado de sedãs de luxo, que deve fechar o ano com 14 mil unidades emplacadas.
Fonte: Folha.com

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